A influência portuguesa sobre Macau teve início durante o Séc. XVI quando o Império Chinês concedeu Macau aos Portugueses como um porto de comércio. Perante estas circunstâncias, Macau muito rapidamente se tornou numa zona próspera e desenvolveu várias rotas rentáveis, nomeadamente a rota de Guangzhou-Macau-Nagasaki. Essa era dourada chegou ao fim em 1637 quando o Shogun do Japão fechou todas as fronteiras aos estrangeiros.

O declínio foi subsequentemente acentuado em 1842 com a aquisição de Hong Kong pelos Britânicos, o que por sua vez afectou negativamente a posição de Macau como o maior centro de comércio da região.

Para contornar essa situação, a Administração Portuguesa declarou Macau como porto franco e depois recebeu da China a jurisdição sobre Macau através do Tratado de Beijing assinado em 1887. Contudo, em 1987, a Declaração Conjunta Luso-Chinesa sobre o futuro de Macau foi assinada pela República Popular da China (RPC) e o Governo Português, cujas cláusulas deram um impulso à Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) em 20 de Dezembro de 1999, sob a soberania da República Popular da China segundo o princípio de “Um País, Dois Sistemas”.

De acordo com a Declaração Conjunta e a Lei Básica de Macau, a Região Administrativa Especial de Macau irá gozar de um alto grau de autonomia como uma Região Administrativa Especial da China durante pelo menos 50 anos; sendo-lhe concedidos o poder executivo, legislativo e judicial assim como a independência social e económica até 2049.

Todas as leis, decretos, regulamentos administrativos e actos previamente vigentes serão mantidos, salvo se contrariarem a Lei Básica e nesse caso serão alterados para obedecer a legislação da Região Administrativa Especial.

Por forma a promover o crescimento económico e manter a estabilidade social e política, a Lei Básica da Região Administrativa Especial de Macau dispõe de vários preceitos para assegurar que o sistema socialista e as suas políticas não sejam exercidos localmente.

Situada à entrada do Delta do Rio das Pérolas, próximo de Hong Kong e Guangzhou, a Região Administrativa Especial de Macau está localizada numa das zonas económicas com o mais rápido crescimento da região. A força matriz do crescimento económico da Região Administrativa Especial de Macau reside na indústria do Jogo e no Turismo.

A Região Administrativa Especial de Macau ocupa o 32º lugar no índice de liberdade económica global e, entre 2002 e 2016 a taxa de crescimento médio anual foi de 8.7%.

Além disso, tendo uma administração pública Portuguesa até 1999, a Região Administrativa Especial de Macau teve relações privilegiadas com Portugal e outros países falantes de língua portuguesa tais como o Brasil, Angola e Moçambique; a Região Administrativa Especial de Macau tornou-se naturalmente numa plataforma comercial e económica para investidores desses países que desejavam investir na China e vice-versa, tal como os investidores internacionais que desejavam investir na China e nesses países falantes de língua portuguesa.

Embora a maioria da população fale o Cantonense, o Português é a segunda língua oficial e pode ser utilizada na Assembleia Legislativa, Tribunais e Serviços Governamentais.

Hoje em dia, a Região Administrativa Especial de Macau é verdadeiramente um centro multicultural onde o Este se encontra com o Oeste, e possui uma distinta mistura do Chinês do Sul (Cantonense) assim como da Gastronomia Portuguesa, arquitectura, e festividades. À parte dos Chineses, Portugueses e Macaenses, Macau também recebeu muitos que imigraram do exterior, nomeadamente vindos das Filipinas, Indonésia, Vietnam, Austrália, Nova Zelândia, França, Estados Unidos da América e o Reino Unido, tornando Macau numa cidade verdadeiramente diversificada em termos de actividades demográficas e económicas.

Por sua vez, este facto faz de Macau uma cidade cosmopolita onde as pessoas podem gozar de um alto grau de liberdade e tolerância tal como acolhem o seu património.

Uma cidade pequena a desenvolver-se, Macau floresceu tremendamente nas duas últimas décadas, facto esse que não passou despercebido aos potenciais investidores que procuram concretizar as suas ideias em oportunidades de negócio. Por forma a proteger os interesses destes investidores, a Região Administrativa Especial de Macau tem um regime jurídico autónomo no âmbito dos direitos de Propriedade Intelectual, o qual tem mecanismos para proteger e conceder uma série completa de direitos de Propriedade Intelectual. Desde a promulgação do regime jurídico dos direitos de Propriedade Intelectual, a Região Administrativa Especial de Macau tem dado passos largos no sentido de assegurar a protecção dos direitos de Propriedade Intelectual, fazendo uso de um maior controlo sobre a indústria e a distribuição de produtos contrafeitos.

Sendo a Região Administrativa Especial de Macau um dos membros fundadores da Organização Mundial do Comércio (OMC), são aplicáveis todos os acordos internacionais relacionados com a Protecção da Propriedade Intelectual.